EUA nomeia seu primeiro general para Guerra Cibernética

Guardian - Reino Unido

O exército americano nomeou o seu primeiro general sênior para dirigir a cyber-guerra, ou guerra cybernética, se preferir, apesar dos temores de que a ação marque uma nova fase para a militarização do espaço cibernético.


O recém-promovido general de quatro estrelas, Keith Alexander, assume o comando do ambicioso e controverso Cyber Command do Pentágono, destinado a conduzir combates virtuais através da rede mundial de computadores. Ele foi nomeado na tarde de sexta-feira passada em uma cerimônia discreta em Fort Meade, em Maryland.

A criação da mais alta posição na cyber-guerra na América surge apenas dias depois de a Força Aérea americana revelou que cerca de 30.000 de seus soldados haviam sido transferidos do departamento de apoio técnico "para as linhas de frente da guerra cibernética".

A criação de Cyber Command é uma resposta à ansiedade crescente sobre a vulnerabilidade das redes e outros militares dos EUA para um ataque cibernético.

James Miller, vice-subsecretário da defesa para política, deu a entender que os EUA podem considerar uma resposta militar convencional para certos tipos de ataques online.

Embora Alexander prometeu durante sua audiência de confirmação perante a comissão do Senado sobre as forças armadas no mês passado que o Ciber Comando não contribuiria para a militarização do espaço cibernético, o presidente da comissão, senador Carl Levin, expressou preocupação de que tanto a doutrina do Pentágono quanto as regulamentações legais para as operações online não tinham conseguido manter o ritmo com os rápidos avanços na guerra cibernética.

Em particular, Levin expressou preocupações de que as cyber-operações americanas para combater ameaças aos EUA, roteadas através de países neutros, "poderiam ter amplas conseqüências e danos" fora dos EUA.

Os planos para o Cyber Command foram originalmente concebidos sob a presidência de George W. Bush. Desde que assumiu a presidência, Barak Obama deu amplo suporte ao tema da segurança cibernética, descrevendo-o no ano passado como "um dos mais sérios desafios econômicos e de segurança nacional que os EUA enfrentam".

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